Uma grande duvida quando começamos a estudar roteiro é entender o que é Arquétipo, conceito criado por C.G Jung. Eu já fiz um artigo mais técnico sobre o assunto aqui no meu blog, agora tentarei ser um pouco mais didático
Como surge um arquétipo
Quando conhecemos uma pessoa, destacamos algumas de suas características como forma de se vestir, de falar, de agir, no que trabalha etc… e criamos um personagem dela em nossas cabeças, e fazemos isso com todos a nossa volta. Porém, por mais próxima que seja o seu convívio com alguém, ainda assim, criamos uma caracterização dela. Uma personagem dela.
Essa personagem vai pra um lugar do nosso cérebro chamado de Memória Esquecida, ou se preferir, o nosso inconsciente. Assim, quando conhecemos alguém novo, automaticamente associamos ela com algum desses personagens de nossas memórias esquecidas.
A tal da frustração.
Essa associação da pessoa com as personagens de nossas memórias esquecidas nos faz gerar uma expectativa sobre ela. Ela é Mãe solteira e Advogada, logo, deverá agir assim quando acontecer assado, por exemplo.
Mas o ser humano é muito mais complexo que esses personagens em nossas cabeças, nem sempre ela agirá como esperado, pois tem consciência e autonomia pra agir diferente. Quando isso acontece, vem a frustração.
O Inconsciente Coletivo
Acontece que todos nós criamos esses personagens em nossas cabeças, e esquecemos lá em nosso inconsciente, junto com as expectativas e frustrações de suas ações. Sendo assim, acabamos criando personagens semelhantes entre todos nós. Um Inconsciente Coletivo.
Os Arquétipos são esses personagens que todos nós criamos em comum e “esquecemos” em nossas memórias. Portanto, quando escrevemos personagens para nossas histórias, nos aproveitamos dessas expectativas criadas em nossas cabeças.
Fica fácil do espectador sacar “Qualé” de cada personagem em cena.
