No momento, estou interessado em alguns temas bem distintos, e igualmente fascinantes.
ANANSI
A figura mitológica africana que teceu uma teia de prata até o mundo de seu Deus para roubar um baú de histórias e trazê-las à Terra. Portanto Anansi é fortemente associado à astúcia, à criatividade e a um toque de malandragem. Seu símbolo é uma teia de aranha, que carrega essa carga simbólica.
Por conta disso, comecei a ler o livro Filhos de Anansi, de Neil Gaiman, logo mais termino pois já estou quase na metade.

Relógios
Meu interesse pelo universo da relojoaria não é novo. Com o salário do meu primeiro emprego, uma das primeiras coisas que comprei foi um X Games XMSPM 020, fabricado pela Orient Brasil. Infelizmente, não fabricam mais as pulseiras plásticas originais, e o design é tão específico que não permite a adaptação de pulseiras de metal.


Por conta disso, ele acabou ficando guardado nas gavetas de casa. Um dia, meu pai — observando aquele relógio “esquecido” — resolveu resgatá-lo. Colocou uma pulseira de plástico genérica e começou a usá-lo nas obras. Meu pai é um sujeito grande, forte, pedreiro raiz (tirando as cervejadas em bar — sempre preferiu beber moderadamente no conforto de casa).
O resultado não poderia ser outro.
Num café da manhã, percebi minha mãe querendo me dizer algo, sem saber bem como.
Meu pai havia trincado meu querido relógio.
Acontece. Não tem como ficar bravo com isso.
Recentemente, comprei uma caixa de reposição — mas, sem a pulseira original, ainda não consegui voltar a usá-lo.

Mercado Nacional
O mercado de relógios no Brasil tem me chamado atenção. A TECHNOS, por exemplo, é um grupo que fatura quase meio bilhão por ano e segue crescendo de forma sólida. É uma empresa listada na bolsa, com fábrica na famosa Zona Franca de Manaus, e parece muito bem estruturada. Confesso que despertou em mim um certo interesse em visitar essa fábrica.
A Technos não tem o prestígio do altíssimo luxo, mas também não está no segmento de baixo custo. Seu preço médio gira em torno de R$400 ou mais.
Carrega um legado — um luxo à brasileira. Fundada na Suíça e “naturalizada” brasileira nos anos 80, a marca entrega relógios muito bem construídos. Vejo pouquíssimas reclamações sobre a qualidade. Alguns modelos duram até 30 anos.
É uma marca que merecia mais respeito. E já estou de olho em um modelo para adquirir.
Conheci também a STATERA, uma marca brasileira de alto luxo, que fabrica relógios totalmente mecânicos. Eles contam com uma esmaltaria própria e utilizam um mix de peças nacionais e importadas para produzir seus já icônicos modelos.
É uma empresa pequena, com menos de cinco anos de existência, mas que já vem conquistando seu espaço na cena da relojoaria independente — inclusive na Suíça.
Só desejo sucesso.
Canetas Tinteiro
Além dos relógios, venho explorando o mundo das canetas-tinteiro. Há alguns anos, uso um caderno sem pauta tipo Moleskine como parceiro no dia a dia — e uma boa caneta faz toda a diferença.
Para começar nessa jornada, escolhi uma Pilot Metropolitan, que estou usando com meu ARRBOOK 04. Ainda estou me adaptando ao traço, mas acredito que seja só uma questão de tempo até pegar o jeito.
Apesar do meu apelo pelo digital — afinal, sou um cineasta que produz seus filmes inteiramente com imagens geradas por computador —, tenho voltado minha atenção ao analógico.
Tenho deixado de lado ferramentas multifuncionais genéricas para adotar ferramentas pessoais e específicas para cada tarefa da rotina.
Não por luxo.
Mas por eficiência, em primeiro lugar.
